ALPB aprova orçamento de R$ 9,9 bilhões com investimento de mais de R$ 600 milhões
Paraíba 20/12/2012 às 09:36hs.
O Orçamento Geral do Estado da
Paraíba no ano de 2013 será de R$ 9,9 bilhões. A Assembleia Legislativa
aprovou ontem a Lei Orçamentária Anual (LOA), além da revisão do Plano
Plurianual (PPA), em uma sessão extraordinária ocorrida na noite desta
quarta-feira.
A LOA é dividida em três áreas
principais. A primeira, de R$ 6,4 bilhões (65,68%), será destinada ao
orçamento fiscal, que trata do pagamento de contas e débitos do Governo.
A segunda, de R$ 2,7 bilhões (28,18%), é destinada à seguridade social.
Apenas R$ 601,7 milhões (6,14%) serão destinados para investimentos no
Estado.
Diversas emendas foram aprovadas no
orçamento. Segundo o relator do projeto, deputado Vituriano de Abreu
(PSC), as emendas têm o objetivo de atender às demandas sociais das
diversas regiões do Estado, sob a priorização dos representantes do
povo. "As emendas refletem os anseios, as cobranças, as expectativas e
os interesses do povo paraibano, e são oportunias e amparadas pelo
interesse público", disse.
Plano Plurianual
Para a votação do PPA, os deputados
contaram com a colaboração do secretário do Planejamento e Gestão do
Estado, Gustavo Nogueira, que participou de uma audiência pública na
ALPB na tarde de ontem.
O secretário ressaltou o fato de a
Paraíba ter alcançado o equilíbrio fiscal, mas que trata-se de uma
situação bastante delicada. "Já que o estado não tem um lastro grande.
Estamos ajustados, mas não temos sobras de receitas. Tudo é bem
apertado, mas estamos conseguindo manter a casa organizada", afirmou.
Sobre a LOA, Gostavo Nogueira destacou
que ela é de vital importância porque determina no âmbito da
administração pública, o orçamento fiscal, o orçamento da seguridade
social e o orçamento de investimento das empresas estatais.
“A LOA é elaborada com base nas metas e
orientações provenientes da LDO, ambas, com papel importante na
construção do Plano Plurianual (PPA), que estabelece diretrizes,
objetivos e metas da administração pública, para um período de quatro
anos”, explicou Nogueira.
Ajuste fiscal
Para o governo Ricardo Coutinho, a
estabilidade fiscal é fundamental. Reflexo disso é o fato de a Paraíba
ter atingido 100% de regularidade cadastral na prestação de contas dos
convênios com o Governo Federal em menos de um ano.
O resultado é inédito na história da
prestação pública paraibana e garante a manutenção das operações
financeiras do Estado com a União. “É a primeira vez que a Paraíba
alcança o quadro de adimplência plena”, afirmou o gerente estadual do
Programa de Ajuste Fiscal da Controladoria Geral do Estado (CGE), José
de Sousa Dantas.
De acordo com Dantas, até 2011, a
Paraíba registrava até 25 ocorrências por mês no Cadastro Único de
Convênio do Governo Federal – Cauc. A adimplência total veio após a
implantação do sistema Web Regularidade, que substituiu o controle
fiscal manual pela regularidade online, em fevereiro de 2012.
“Aos poucos, os órgãos criaram a
consciência da regularidade”, explicou Dantas. Em dezembro, com mais de
200 servidores capacitados e trabalho conjunto de monitoramento diário
em plantões de 24 horas, o Governo da Paraíba zerou as pendências no
Cauc. O cadastro integra o Sistema Integrado de Administração Financeira
do Governo federal (Siafi), gerenciado pela Secretaria do Tesouro
Nacional (STN).
Orçamento 2012
Com o ajuste fiscal, o orçamento teve
resultados positivos. Para o Conselho Estadual do Orçamento Democrático
Estadual, as ações desenvolvidas durante o ciclo 2012 foram positivas.
Em reunião que aconteceu ontem, os representantes das 14 regiões
geoadministrativas afirmaram que as etapas do Ciclo do Orçamento
Democrático Estadual garantiram a abertura do diálogo que antes era
inexistente.
A subsecretária executiva do ODE, Ana
Paula Almeida, disse que é muito bom saber que em dois anos de ODE as
etapas estejam sendo proveitosas e gerando obras e ações concretas para a
população de todo o Estado. “O diálogo está estabelecido, os
conselheiros querem que as etapas sejam repetidas sem 2013. Eles querem
dinamizar as microrregiões e deram muitas contribuições que serão
analisadas”, comentou.
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