Cássio confirma insatisfação com tese de nomeação de Weick
O senador paraibano Cássio Cunha Lima (PSDB) confirmou hoje sua
insatisfação em relação à possibilidade de nomeação do advogado Marcelo
Weick para um cargo no Governo do Estado. Ao ser questionado a respeito
do assunto, ele admitiu que torce o nariz para a entrada do
ex-coordenador de campanha de José Maranhão (PMDB) na gestão socialista:
- O direito de escolher e nomear os auxiliares cabe ao governador.
Como eu tenho sangue nas veias e sou humano, tenho que dizer que não
ficaria feliz caso essa nomeação acontecesse. Marcelo Weick não votou em
Ricardo Coutinho em 2010 e se dependesse da vontade dele, quem teria
sido eleito teria sido Maranhão. Então, eu que dei uma contribuição
modesta para a eleição de Ricardo não ficaria feliz. E também tenho que
admitir que o advogado teve uma participação importante na minha
cassação, que tenho o direito de considerar injusta.
O tucano também disse que pode abrir mão da liderança de seu
partido no Senado em favor do colega Aloysio Nunes (SP) caso a cúpula
partidária considere que a mudança poderá acalmar a insatisfação do
ex-governador José Serra, cuja desfiliação do PSDB chegou a ser cogitada
esta semana sob argumento de "falta de prestígio" no ninho tucano.
- Minha chegada à liderança do PSDB no Senado não é uma obsessão
para mim. Se o partido julgar que a escolha de Aloysio Nunes seria
interessante para demonstrar o apreço do PSDB a José Serra, estou pronto
a abdicar da indicação em favor dele. É um assunto sobre o qual
precisamos conversar.
As declarações foram dadas durante entrevista concedida ao Padre Albeni Galdino, no programa Bastidores, da TV Master.
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