sábado, 19 de novembro de 2011


Presidente estadual do PPS nega negligência e diz que Bruno Farias “tem telhado de vidro”







Bernardino nega negligência e diz que Bruno "tem telhado de vidro"

O presidente do diretório estadual do PPS da Paraíba, José Bernardino da Silva, comentou a reprovação das contas da legenda referentes ao ano de 2010. Segundo ele, a rejeição do balancete se deveu a erros de caráter burocrático. A decisão da juíza Helena Fialho, do Tribunal Regional Eleitoral se deu pelo fato de o partido ter apresentado CNPJ diferente dos anos anteriores, o que dificultaria a confirmação dos dados.

- Não fui notificado ainda. Estranho essa informação. Se isso aconteceu, foi um equívoco do contador. Vamos procurar esclarecer esse fato e tomar conhecimento do que ocorreu. Como estou afastado do partido, quem tem respondido pelo PPS é João Bosco Carneiro e Nonato Bandeira, que são vice-presidentes. Se eles foram notificados, deveriam ter tomado providências. Mas, são pessoas inexperientes do ponto de vista do comando partidário.

A respeito da crítica de Bruno Farias, apontando a conduta de negligência do presidente com a rotina partidária, Bernardino se defendeu partindo para o ataque:

- Essa preocupação de Bruno Farias de dizer que eu fui negligente, não aceito porque sei que tomei todas as providências necessárias para contornar os problemas formais que surgiram nas prestações de contas. Tenho um tesoureiro capacitado, Manoel Sales, que administra a rotina do PPS e tem minha inteira confiança. Infelizmente, há fatos que escapam ao nosso controle como os depósitos que são feitos na conta do partido sem que o depositante se identifique.

Nós orientamos os diretórios municipais a cumprirem essa regra, mas alguns desobedecem e nos prejudicam. Lamento que Bruno Farias nunca tenha cumprido com suas contribuições partidárias. Ele só fez isso há poucos meses porque o intimamos e ameaçamos executar o débito dele com o PPS. Ele fez um acordo e pagou. Assim, como vem se comportando a maioria desses que vem querendo assumir o partido. Nonato Bandeira e Fábio Carneiro não contribuiam mensalmente, mas faziam contribuições esporádicas. Eliza Virgínia e Nivaldo Manoel também estão sendo executados na Justiça. Mas, entendo a situação do vereador Bruno porque ele não terá outra alternativa a não ser deixar a liderança do governo na Câmara e apoiar o nosso candidato a prefeito. A determinação da nacional é clara e irreversível. O PPS terá candidato em João Pessoa e se Bruno não o apoiar, poderá ser punido. Ele devia ter a dignidade de conversar com Luciano Agra sobre isso. O máximo que ele poderia fazer seria lutar, dentro do diretório, para firmar aliança com o PSB no segundo turno.

Formalidade - Bernardino se revelou magoado pela acusação de negligência e argumentou que a repercussão do fato leva a sociedade a deduzir que teria havido improbidade em sua gestão. Ele negou a hipótese e disse que o TRE tem sido rigoroso demais ao analisar as contas das agremiações políticas:

- Nosso tribunal é altamente rigoroso na prestação de contas anuais dos partidos. Fazem uma cobrança ao pé da letra da legislação. Não posso aceitar que apontem suspeita de locupletação ou improbidade porque ano passado recebemos R$ 5 mil da nacional. O dinheiro é usado para pagar aluguel e despesas de manutenção da nossa sede. Este ano, não chegou um centavo porque a nacional teve problemas em sua prestação de contas e está com fundo partidário suspenso. Não é justo que me acusem!

Nenhum comentário:

Postar um comentário